quinta-feira, 13 de março de 2008

IMPORTÂNCIA DE SÊNECA


SÊNECA, Lúcio Aneu.

Lúcio Aneu Sêneca (4 AC/ 65 DC) Foi um advogado, político e orador brilhante que se tornou questor e, ainda mais tarde, ascendeu ao cargo de cônsul. Preceptor e conselheiro de Nero, esteve à frente do Império Romano por quase dez anos. Condenado por Nero, por alta traição, foi obrigado a suicidar-se abrindo as veias.

Sêneca afirmava ser seguidor da filosofia estóica (escola filosófica que surge no final do século IV AC, com Zenão). Sêneca, autor do estoicismo romano, volta-se para a reflexão das questões ligadas à moral. Dizia Sêneca: "Observa-te a ti mesmo, analisa-te de vários ângulos, estuda-te." Reivindicar a si mesmo implica em afastar-se da opinião das massas, libertar-se das paixões e renunciar as agitações externas. E com este mesmo pensamento, também disse: "É livre quem deixou de ser escravo de si mesmo." e também afirmou: "Será escravo de muitos quem for escravo do próprio corpo, quem temer por ele em demasia, quem tudo fizer em função dele.". Ensinamento que devemos desenvolver a aceitação total da natureza, involuntariamente, pregam a aceitação do mundo tal qual está: não é preciso libertar os escravos, porque só se é escravo das próprias paixões; para que libertar os homens, se eles já são livres ao nascer e têm a liberdade de morrer quando quiserem? Por que se preocupar com a aplicação da justiça, se nesse universo racional ela já existe e basta discerní-la?

Como podemos ver, desenvolveu idéias baseadas na teoria do Direito Natural, já trabalhada pelos sofistas e que tanto influenciaram a ciência jurídica romana. Do texto de Sêneca que diz "Sobre a Clemência" é um tratado político mas também uma carta de um conselheiro político que obriga a Sêneca a uma exaltação excessiva da figura do príncipe, chegando a comparar com uma divindade, pois ele depende da fama e da popularidade. Para Sêneca o "bem estar" goza de um estado da paz e da satisfação geral, nas palavras de Séneca: “a felicidade deve conceder à vida muitos, repensar na vida e reconhecer a morte sem traumas”. No uso do direito comum, dos seres animados, nada era permitido para os escravos. Eles serviam até para engordar moréias como se fossem refeições.

O estoicismo senequiano, não foi o suficiente para contribuir para a transformação da ordem romana vigente. As necessidades que se colocavam com o processo de transformação social daquele momento histórico superavam a contribuição do pensamento filosófico de Sêneca.

Um comentário:

Anônimo disse...

Interessante...