sexta-feira, 14 de março de 2008

HISTÓRIA DO BRASIL BATALHA DO MONTE DAS TABOCAS

Histórico: Desde 1639 retomava-se a campanha pela restauração de Pernambuco. Mas em 1640, Portugal ainda em luta contra a Espanha, após a restauração do trono Português, não se atreve a confrontar-se ao mesmo tempo com a Holanda. Desta forma, reconhece a perda de Pernambuco, da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Ao mesmo tempo, determinava o fim das hostilidades contra os holandeses no Brasil, proibindo seus representantes de atuarem militarmente contra as forças holandesas na colônia. De sua parte, a Holanda se comprometia, por dez anos, a não mais expandir seus domínios sobre as colônias portuguesas. Ambas as partes não cumpriram tais acordos. Em Pernambuco, a ação dos campanhistas começa a tomar corpo. De início devastando os canaviais, inviabilizando a produção de açúcar da colônia. Em 1642, e 43 muitas campanhas são desenvolvidas, de pequena envergadura, mas que em seu conjunto desestruturava a administração e a economia holandesas no Brasil. O auxílio aos campanhistas, que viera por mar sob o comando do Conde da Torre, fracassara; a esquadra fugira ao embate com os holandeses e, perseguida por 5 dias, praticamente foi destroçada no combate que se travou próximo a Cunhaú, no Rio Grande do Norte.
Mas em terra, apesar das poucas armas, retomava-se as práticas das emboscadas. Contava-se agora com o concurso do experiente capitão Dias Cardoso, que combatera no início da ocupação. Experiente na guerra, tanto no planejamento e execução dos combates, quanto na arregimentação de novos adeptos. Pouco depois, a 3 de agosto de 1645, teria lugar a primeira batalha desta nova força que se organizava, mas que ainda se encontrava muito mal armada, pois, desde 43 os holandeses se empenhavam em desarmar todos os luso-brasileiros. Na Batalha do Monte das Tabocas, as forças luso-brasileiras contavam com 1.600 homens, a maioria sem experiência em guerras, e apenas 250 armas de fogo de tipos e calibres variados. Mas valendo-se da estratégia de emboscadas, organizadas por Antônio Dias Cardoso, conseguiram derrotar o inimigo, militarmente muito superior.
Vencida a luta, pelos brasileiros, as forças inimigas retirando-se desordenadamente, deixavam atrás de si muito do armamento que traziam. Armas dos mortos, de feridos, armas abandonadas na pressa da retirada. Uma importante presa que iria em muito reforçar os parcos recursos disponíveis aos luso-brasileiros.

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