terça-feira, 13 de outubro de 2009

KARL MAX - 1818-1883


LUTAS DE CLASSES - SOCIOLOGIA
Economista filosofo e socialista alemão, Karl Marx nasceu em Trier em 5 de Maio de 1818 e morreu em Londres a 14 de Março de 1883. Estudou na universidade de Berlim, principalmente a filosofia, e formou-se em 1841, com a tese Sobre as diferenças da filosofia da natureza. Em 1843, mudou-se para Paris, Em 1844, conheceu em Paris Friedrich Engels, ficam amigos pelo resto de suas vidas. No ano seguinte, expulso da França, radicando-se em Bruxelas onde passa a participar de organizações clandestinas de operarios e exiladas. Ao mesmo tempo em que na França estourou a revolução, em 24 de Fevereiro de 1848, Marx e Engels, publicaram o Manifesto Comunista, primeiro esboço da teoria revolucionaria que, mais tarde, seria chamada marxista. Voltou para Paris, e assumiu a chefia do Novo Jornal Renano, primeiro jornal diário socialista.

Depois da derrota de todos os movimentos revolucionários na Europa e o fechamento do jornal, cujos redatores foram denunciados e processados. neste contexto, Karl Max foi expulso, para Londres, onde fixou residência e dedicou-se a vastos estudos econômicos e históricos, sendo frequentador assiduo da sala de leituras do British Museum. Escrevia artigos para jornais norte-americanos, sobre politica exterior, mas sua situação material esteve sempre muito precária. Foi generosamente ajudado por Engels, que vivia em Manchester em boas condições financeiras.

Em 1864, Marx foi co-fundador da Associação Internacional dos Operários, desempenhando dominante papel de direção. Em 1867 publicou o primeiro volume da sua obra principal.
O Capital. Dentro da Internacional encontrou Marx a oposição tenaz dos anarquistas, liderados por Bakunin. contudo, em 1872, no Congresso de Haia, a associação foi praticamente dissolvida. Em contrapartida, Marx podia patrocinar a fundação, em 1875do Partido Social-Democratico alemão, que foi, logo depois, proibido. Não viveu bastante para assistir as vitórias eleitorais deste partido e de outros agrupamentos socialistas da Europa.

De acordo com Karl Marx, a luta de classes seria a força motriz por trás das grandes revoluções na história. Ela teria começado com a criação da propriedade
privada dos meios de produção. A partir daí, a sociedade passou a ser dividida entre proprietários (burguesia) e trabalhadores (proletariado),ou seja, possuidores dos meios de produção e possuidores unicamente de sua força de trabalho. Na sociedade capitalista a burguesia se apodera da mercadoria produzida pela classe do proletariado, e ao produtor dessa mercadoria sobra apenas um salário que é pago de acordo apenas com o valor necessário para a sobrevivência desse. Os trabalhadores são forçados a vender seu trabalho por uma fração mísera do real valor da mercadoria que produzem, enquanto os proprietários se apoderam do restante.

Porém, outra característica importante do capitalismo é o conceito criado por Karl Marx da mais-valia. A mais-valia consiste basicamente dessa porcentagem a mais que os capitalistas retiram da classe do proletariado. Essa porcentagem pode ser atingida, por exemplo, aumentando o tempo de trabalho dos operários e mantendo o salário. A luta de classes, segundo Karl Marx, só acabará com a implantação do regime comunista, onde esse conflito não terá como existir pois não existirão mais classes sociais. Até os tempos atuais o comunismo ainda não foi posto em prática em nenhuma região do mundo, apesar do socialismo, que seria como uma fase de transição do capitalismo para o comunismo, já ter reinado em diversos países. A proposta mais radical é abolição do Estado e sua reorganização descentralizada em moldes federativos anarquistas.

Apesar de toda a história da humanidade, segundo Karl Marx, ter sido a história da luta de classes, a sociedade original não possuía divisões sociais. Isso se deveria ao fato de que, nesse estágio das forças produtivas sociais, não havia praticamente excedente. Todos os membros da sociedade eram por isso obrigados a participar do processo produtivo, de modo que era impossível a formação de uma hierarquia que diferenciasse as pessoas dessa sociedade. Uma das primeiras formas de hierarquização dos membros foi a divisão homem/mulher, quando os homens começaram a explorar as mulheres. A luta de classes origina-se, no entanto, no momento em que a sociedade passa a ser composta de diferentes camadas.

Essa divisão dos membros em classes foi possibilitada quando as forças produtivas atingiram um certo nível de produtividade, onde o excedente já promovia maior segurança à sociedade em relação às suas necessidades. Mas, apesar de garantir uma proteção em tempos escassos, por exemplo, o excedente abriu a possibilidade do jogo político. O controle sobre o excedente se desenvolve em conjunto com a formação de uma minoria que ganha assim poder sobre todos outros membros da sociedade. Dessa maneira origina-se uma diferenciação quanto à tarefa social de cada membro. Entre as diversas classes que podem se formar, estão sempre presente as classes dos senhores não-trabalhadores e a classe trabalhadora.

Neste Contexto, o desenvolvimento das forças produtivas, a devida classe dominante que se constitui diferente históriograficamente é posta em questão. As classes de baixo reconhecem que a regência da classe exploradora torna-se desnecessária para a continuação do desenvolvimento técnico, enquanto esta tenta, por meios oficiais, manter seu poder. Nessas épocas de desacordo entre as relações sociais de produção vigentes e o patamar técnico dos meios de produção, a probabilidade de uma revolução tende a ser maior. A antiga classe exploradora é, assim, deposta, e uma nova entra em seu lugar. Dessa maneira, a história da sociedade humana é a história de classes dominantes, uma após a outra. O Capitalismo privilegia uma sociedade dividida em classes, e simplifica a luta de classes ao separar toda a sociedade em apenas duas classes; a dominadora e a dominada.

Um comentário:

Unknown disse...

Nossa achei muito bacana o seu blog
muito obrigada pela força. Parabéns